Olá a todos!
Bem-vindos a mais um YAM Sunday, desta vez bem docinho.
Como sabem hoje é Domingo de Páscoa e pensámos que nada melhor do que um belo folar para vos alegrar e adoçar. Reforço, adoçar. Sim, perceberam bem, a receita de hoje é mesmo docinha e remete para uma receita mais tradicional desta iguaria. Mas antes de passarmos à receita, gostava de vos perguntar se sabem a origem da palavra Páscoa e por que razão o folar está associado a esta altura?
A Páscoa, de origem religiosa, inicialmente chamada de Páscoa Judaica, era celebrada para comemorar o Êxodo (a saída do povo israelita do Egito e a sua libertação da escravidão). Mais tarde, também comemorada pelos cristãos com uma simbologia associada à morte e à ressurreição. Na sua essência, a palavra "Páscoa" significa "Passagem". Uma passagem que ficou assinalada a nível religioso pelo descrito, mas que gostava que independentemente das vossas crenças, ou não, hoje se debruçassem um pouco sobre este significado de "Passagem". A nossa vida é assinalada por diferentes momentos de viragem e também nós, a nível individual e coletivo, passamos por momentos de "passagem". Passamos de forma física e mental, por exemplo, por várias mudanças ao passarmos da infância para a adolescência, ou da adolescência para a vida adulta. Ou quando "simplesmente" decidimos dar um novo rumo à nossa vida e passar de algo que já não nos serve para algo que nos realiza. As passagens pelas quais passamos ao longo da vida são imensas. Reflitam hoje sobre as passagens mais significativas ou recentes pelas quais tenham passado e deixem aqui o vosso testemunho.
Então e como surge o folar? O folar surge, como não poderia deixar de ser, de uma história de amor. Reza a lenda que uma rapariga estava indecisa entre casar com um rapaz nobre e rico ou um camponês pobre, ambos belos. O seu coração escolheu o camponês e logo o nobre se quis vingar deste tentando matá-lo. No final, sem que se saiba explicar porquê, apareceu um bolo chamado de "folore", atualmente conhecido por "folar", em cima da mesa de cada um deles (da rapariga, do camponês e do nobre) e quando estes foram ao encontro uns dos outros e perceberam que todos tinham sido brindados com esta iguaria, fizeram as pazes. Assim, o folar ficou associado à amizade e à reconciliação, à passagem de um estado de espírito vingativo para uma consciência expandida, sendo comum que, na Páscoa, as madrinhas ofereçam este bolo aos seus afilhados e que eles as brindem com um raminho de flores.
Gostaram desta contextualização? Preparados para colocar as mãos na massa? Vamos a isso!
Ingredientes:
Fermento de padeiro 40g
Farinha de trigo 500g
Leite morno 100ml
Açúcar 100g
Margarina 75g
Canela em pó 1 colher de café
Erva-doce em pó 1 colher de café
Ovos 2
Sal(opcional) q.b.
Ovos cozidos 2
Gema de ovo para pincelar q.b.
Preparação:
Misturar o fermento com 100 g de farinha e adicionar metade do leite. Mexer até formar uma massa que se solta da tigela e das mãos (se necessário adicionar o leite todo).
Numa taça, colocar a restante farinha e fazer um buraco no centro, colocar aí a massa do fermento, ao redor desta pôr o açúcar, a margarina cortada em cubinhos, a canela, a erva-doce e os ovos, levemente batidos com um garfo (se incluir sal, adicione-o aos ovos). Amassar tudo muito bem até que a massa se despegue da taça, e batê-la na mesa de trabalho umas 15 a 20 vezes até ficar com uma consistência fofa e elástica.
Passar uma taça por água quente e limpá-la muito bem, colocar lá dentro a massa, polvilhar com farinha, tapar e colocar num local morno (embrulhei a taça num cobertor). Deixar levedar até duplicar de volume, entre uma e duas horas.
Retirar um pouco de massa para a decoração e dividir a restante massa em duas porções iguais formando duas bolas como se faz com o pão, achatar um pouco, colocar no meio um ovo cozido, decorar com rolinhos de massa por cima do ovo.
Levar ao forno quente a 200 °C durante cerca de 30 minutos. Ao fim de dez minutos cobrir com papel de alumínio para não queimar, a cinco minutos do final, retirar o tabuleiro do forno e pincelar os folares com uma gema de ovo misturada com um pouco de leite. Levar de novo ao forno para acabar de cozer, se necessário colocar de novo a folha de alumínio.
Receita retirada da Sapo Lifestyle e já testada por nós.
Despeço-me com Votos de Uma Doce Páscoa para Todos.
Bárbara (@basi.yoga)
Bem que história tão engraçada. Nunca mais vou olhar para um folar da mesma forma. Obrigada 😊
ResponderEliminarQue bom Ana Cláudia 💖 uma Excelente Páscoa para ti e para os teus.
ResponderEliminarBási adorei!!!!
ResponderEliminarMesmo! Genial a contextualização e a maneira como desenvolvesse as ligações entre o folar, a religião e as lendas.
Parabéns querida 👍❤️🌼
Obrigada querida Mestre. 💖
EliminarGostei muito BáSi! Muito interessante! Obrigada! <3
ResponderEliminarAdorei a história e a receita, que maravilha! Muito obrigado!
ResponderEliminarGostei tanto! Não fazia ideia, adoro ainda mais o folar. Grande BáSi 💖🐰💐
ResponderEliminarObrigada queridos, todos. Doce Páscoa 💖💖🐰
ResponderEliminarObrigada pela partilha desta linda história do folar ❤️Este ano tem um sabor especial ...beijinhos doces a todos e pelo menos um folar em casa mesa 🙏🐰🧁
ResponderEliminarObrigada pela partilha.
ResponderEliminarÉ sobre bom conhecer a História e as suas estorias.
Muito interessante. Boa Páscoa ��
ResponderEliminarQue bom aspecto :) E que historia tão bonita. Não conhecia. Obrigada pela partilha!
ResponderEliminar