segunda-feira, 8 de novembro de 2021

INSPIRING MONDAYS - A força da Egrégora e o Yôga à distância.

 A força da Egrégora e o Yôga à distância


Olá queridos leitores do nosso Blog,

Tenho estado constantemente a pensar sobre o tema da egrégora, principalmente desde que comecei a estudar mais intensivamente para o exame de passagem de grau, que aconteceu no fim do mês de outubro, e então resolvi escrever-vos um pouco sobre isso.

Como sabem (ou talvez não), estou a fazer a formação profissional à distância, já que de momento não estou a viver em Portugal. Quando iniciei a formação não pensei que fizesse assim muita diferença estar longe, ia aprendendo o mesmo, lendo os livros, fazendo as aulas online, etc.


Contudo, ao longo do tempo, vou sentindo cada vez mais a força magnética da egrégora. Quando nos juntamos para praticar, na mesma sala ou longe, a ligação entre as pessoas faz-nos sentir parte de um todo, estamos no mesmo comprimento de onda, partilhamos algo em comum que é muito forte e presente, a nossa prática e a nossa viagem interior.


Cada dia em que me debruçava sobre o estudo e sobre a prática, sentia-me cada vez mais próxima da nossa escola, dos colegas, de todos os instrutores e, claro, da Professora e Mestre Zélia. Sentia-os todos comigo, bem perto, acompanhando-me constantemente. Sentia-me cada vez mais próxima também dos alunos que comecei a receber nas aulas que iniciei regularmente nesta altura, percebendo uma sensação enorme de gratidão pelo facto de se deixarem levar por mim, em aulas ainda muito imperfeitas, repletas de erros e hesitações.
E quanta gratidão à Professora Zélia pelos constantes votos de confiança, apoio e disponibilidade e também pelas críticas e reparos... e pelas trishuladas!


Uma das características principais do SwáSthya Yôga é a valorização do sentimento gregário. Mas o que é isso de valorizar o sentimento gregário? Bem, uma vez começando a praticar, vamos compreendendo cada vez melhor o que isso significa e como faz tanto sentido.

O sentimento gregário é uma força de coesão que nos faz transbordar de vontade de aprender cada vez mais, de praticar cada vez mais, de evoluir cada vez mais e de estar com outras pessoas que valorizam essas mesmas coisas, através de uma sensação de felicidade e satisfação que nos invade de forma crescente à medida que nos entregamos a esta aprendizagem e a este percurso.


Poderia escrever algo mais, mas não conseguiria explicar tão bem quanto o faz o Mestre DeRose no "Tratado de Yôga" (pág. 113), pelo que passo a citar as suas palavras:


"O sentimento gregário é o sentimento de gratidão que eclode no nosso peito pelo privilégio de estarmos juntos e participando de tudo ao lado de pessoas tão especiais. É o poder invisível que nos confere sucesso em tudo o que fizermos,  graças ao apoio que os colegas nos ofertam com a maior boa vontade.

Sentimento gregário é a satisfação incontida com a qual partilhamos as nossas descobertas e dicas para o aprimoramento técnico, pedagógico, filosófico, ético, etc.


Sentimento gregário é o que induz cada um de nós a perceber, bem no âmago da nossa alma, que fazer tudo isso, participar de tudo isso, não é uma obrigação, mas uma satisfação."


Quando conseguimos desafiar-nos a fazer algo que nunca pensaríamos ser capazes de fazer, e temos ao nosso lado todas estas pessoas maravilhosas que fazem parte da nossa Escola, a sensação de gratidão não poderia ser maior.

A primeira vez que conheci a Escola 5 de Outubro e a Professora Zélia foi há quase 10 anos. Gostei logo e senti imediatamente que o Yôga faria parte de mim para sempre (e que pena não o ter conhecido antes!). Ao fim de poucos anos, talvez 2, mudei de cidade e não pratiquei mais na Escola. Mas nunca deixei de fazer a minha prática em casa. Experimentei também outros tipos de Yôga, porque praticar com alguém é sempre mais interessante, mas nunca era a mesma coisa.


Na minha prática pessoal fazia sempre pújá e dirigia-o sempre à Professora Zélia, à Professora Carla Ferraz, ao Instrutor Jorge Barros, ao Professor Hugo e à Professora Lisete. Era então com eles que eu praticava. De tal forma que, quando regressei à Escola (à distância) há cerca de um ano e meio, senti que não tinha passado tempo nenhum entretanto. Muita coisa estava diferente, havia muitos instrutores novos, muitos mais alunos, tudo florescera e crescera, e a alegria multiplicara-se, eu própria estava diferente, mas sentia-me tão próxima como sempre tinha estado, tal como anos antes, quando ainda frequentava as aulas na sala de prática da nossa Escola.


Sala de Prática da Escola SwáSthya Yôga 5 de Outubro

Partilhem os vossos pensamentos sobre este tema ou outros nos comentários. Boas práticas e até já! :)



6 comentários:

  1. Querida Marta, que texto tão inspirado e bonito 💖🕉️
    Muito obrigada pela tua presença e confiança no nosso trabalho. Também tu és um plilar muito importante para nós. Beijinhos doces 😘

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    1. Obrigada querida Mestre Zélia. :) <3

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  2. Adorei a tua partilha Marta. É mesmo assim. Sozinhos vamos mais rápido, mas juntos vamos mais longe. É tão gratificante poder partilhar e perceber que do outro lado estão pessoas que entendem perfeitamente o que vivenciamos :)

    Beijinhos

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    1. Obrigada querida Rita, pelo comentário e por me guiares também com as tuas palavras, as tuas aulas, a tua presença. És uma referência para mim. <3 :)

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  3. Adorei reconhecer-te a ti e a mim nessas palavras! Obrigado pela partilha

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